Ao longo de todos estes anos posso ter sido acusado de muitas coisas. Felizmente há uma de que julgo nunca ter sido acusado: falta de coerência!
A coerência é uma virtude em risco de extinção. A culpa é dos meios de comunicação e o incremento do uso da palavra escrita. Não fosse o registo da palavra escrita e facilmente se desmentiria o que se tinha dito há 10 minutos atrás... Com o registo do dito tudo se complica. E assim se têm espatifado uns quantos "pensadores" da coisa pública.
A coerência ve-se, também, nos actos públicos. Nos grandes e nos pequenos momentos. Na fortuna e na desgraça. Na vitória e na derrota.
Espanta-me a "lata" de alguns. Espantam-me os regressos, cheios de vontade, de quem antes tinha fugido. Espanta-me a vontade de aparecer de quem antes se escondia. Espanta-me!
Mas o que mais me espanta é a coerência de alguns que, como eu, assumem o que são, o que querem e o que pensam. Como espécie em vias de extinção estamos condenados. E não me parece que tenhamos salvação.
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